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Esse é um blog voltado para as Artes em geral, bem como para a reflexão sobre a autação do educador, apresentando caráter avaliativo para as disciplinas de Tecnologias Contemporâneas na Escola e Projeto Interdisciplinar de Ensino e Aprendizagem II, do curso de Artes Visuais ofertado pela UAB/UnB. Ele reúne desde produções próprias até material recolhido na internet. Leiam e se deleitem com o mais diversificado conteúdo.

A influência da imprensa

Diariamente assistimos aos programas televisivos, aos noticiários, buscando sempre o entretenimento ou nos manter informados, considerando as informações veiculadas como “imparciais”. Entretanto, as coisas não são bem assim... Não existe a imparcialidade, existem interesses!!!
O filme “O quarto poder” retrata bem o envolvimento catastrófico da imprensa em um caso simples, em que um segurança desempregado tenta recuperar seu emprego de forma desastrosa, levando uma arma para ser ouvido, e acaba ferindo seu amigo que posteriormente morre. Se por acaso um repórter não estivesse escondido no banheiro do museu, transmitindo a notícia ao vivo de forma sensacionalista. Em seguida, tal jornalista faz um acordo com o ex-segurança para que lhe dê uma entrevista exclusiva ofertando em troca a sensibilização do público. Diante dos fatos, a imprensa transforma-o tanto num herói quanto num assassino perigoso, manipulando os fatos de acordo com o ibope e a opinião pública, cortando depoimentos, forjando testemunhas... Tudo extremamente inadmissível! Por fim, o final não poderia ser outro, San se suicida com a dinamite que havia levado apenas para impressionar sua ex-patroa, uma grande tragédia, deixando dois filhos órfãos.
Essa exploração da desgraça alheia, da miséria humana não ocorre apenas nos filmes de ficção, é diária, em que um caso é destrinchado durante meses e, a pior parte, é que há quem assista, principalmente se os envolvidos forem famosos ou importantes socialmente.
Sobre esse assunto, há um documentário feito em 1993 por uma emissora de TV britânica, intitulado “Muito além do cidadão Kane”, que revela o poder da Rede Globo, uma das maiores do mundo, que confere a seu dono, Roberto Marinho, poderes ainda maiores do que o cidadão Kane, um personagem que faz referência a William Randolph Hearst, um magnata americano em comunicações. Proibido pela própria Globo de ser exibido na televisão por apresentar imagens suas, o documentário revela o poder dessa emissora, que chega até as casas de quase toda a população, veiculando ideias distorcidas, defendendo o interesse da elite, pregando padrões de beleza e consumo em suas telenovelas, fazendo acordos ilícitos com empresas multinacionais, apoiando a ditadura militar e “esquecendo-se” de noticiar sobre artistas e políticos contestadores, ajudando o ex-presidente Collor a se eleger...
Dessa forma, podemos concluir que precisamos assistir à TV ou ler jornais de forma extremamente crítica e não nos deixar alienar por eles, acreditando em tudo o que ouvimos ou lemos, enquanto eles criam fatos fictícios, levam-nos a não raciocinar sobre o que acontece, principalmente em termos de política, e mantém a ordem vigente ao apoiar a elite e reproduzir o sistema capitalista de consumo.

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Sonhadora, atrapalhada, romântica,perfeccionista, dedicada... Esta sou eu! Coisas que adoro: artes em geral, pintar, assistir a filmes e teatros, estudar, ensinar. Amo o que eu faço, sou apaixonada pelo saber bem como pela sua transmissão. Maior sonho: seguir carreira acadêmica e tornar-me uma professora universitária. Realização pessoal: minha família, meus amigos que muito amo.