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Esse é um blog voltado para as Artes em geral, bem como para a reflexão sobre a autação do educador, apresentando caráter avaliativo para as disciplinas de Tecnologias Contemporâneas na Escola e Projeto Interdisciplinar de Ensino e Aprendizagem II, do curso de Artes Visuais ofertado pela UAB/UnB. Ele reúne desde produções próprias até material recolhido na internet. Leiam e se deleitem com o mais diversificado conteúdo.

"A grande família" sob uma perspectiva analítica


A cada dia, os programas de humor estão mais presentes nas emissoras brasileiras, haja vista que a televisão tem sido a maior fonte de lazer para as pessoas, principalmente as de baixa renda, que passam suas noites em casa assistindo à televisão.
“A grande família” constitui-se como um programa essencialmente humorístico, evidenciando os problemas do cotidiano de uma família de classe média baixa e as divergências entre pessoas com personalidades tão diferentes. Atentando-nos para os personagens, podemos observar que se tratam de tipos sociais, a esposa melodramática e extremamente romântica e conservadora, o funcionário público extremamente “correto” que é mal-visto e ridicularizado por isso, o filho que vive às custas da família, só começou a fazer faculdade aos 30 anos e não gosta de trabalhar e a filha ciumenta que se apaixonou pelo homem errado, o genro que procura sempre levar vantagem, o dono do bar capitalista que busca sempre lucro, a amiga “encalhada” que se envolve com homens errados, a o neto arteiro... Esses tipos convivem dentro de um grupo familiar e se envolvem em inúmeros conflitos, todos levando suas características ao extremo, sendo caracturizados.
É interessante observarmos que todos os personagens apresentam-se de forma carismática, mas são mostrados essencialmente em seus defeitos de forma a refletirem características das pessoas de nossa sociedade. Geralmente, o “certo” e o “errado” são questões sempre em voga, mas o fim é sempre feliz.
A maioria dos programas humorísticos a que assistimos são versões brasileiras de outros que fazem sucesso em outros países, muitos deles americanos. Entretanto, “A grande família” difere da maior parte desses programas, pois se trata de um remake do exibido na década de 70 e já está no ar novamente há mais de dez anos.
Seu público é essencialmente familiar, principalmente crianças e donas de casa, e não demonstram apelo sexual com a exposição de corpos femininos. Além disso, seus personagens não se vestem de acordo com a moda, muito pelo contrário, usam roupas consideradas “antiquadas” ou mesmo “bregas”. Em vez de enfatizarem a padronização, enfocam as diferenças, os antagonismos, formando uma miscelânea de situações. Sendo assim, os comerciais transmitidos durante o programa são voltados para esse público, essencialmente alimentício e de produtos para casa.
Como está sendo exibido todas as quintas-feiras há muitos anos, tal fato demonstra a grande aceitação do telespectador que lhe assiste. Se pensarmos no impacto que tem causado nos telespectadores e, consequentemente, na sociedade, podemos verificar que tem levado o público a banalizar seus problemas e rir dos mesmos, a concluir que todas as famílias são iguais, iludindo-se de que, assim como na TV, tudo se resolverá como num passe de mágica e terá um final feliz.

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Sonhadora, atrapalhada, romântica,perfeccionista, dedicada... Esta sou eu! Coisas que adoro: artes em geral, pintar, assistir a filmes e teatros, estudar, ensinar. Amo o que eu faço, sou apaixonada pelo saber bem como pela sua transmissão. Maior sonho: seguir carreira acadêmica e tornar-me uma professora universitária. Realização pessoal: minha família, meus amigos que muito amo.